Aquele que muitos espectadores viram como o homem de uma única temporada é ele silenciando as más línguas? Nesta semana, Riyad Mahrez desferiu um golpe ao eliminar sozinho - ou quase - o Paris Saint-Germain da Liga dos Campeões, com seus três gols. O argelino Manchester City, que fez sucesso em 2016 pelo Leicester, clube com o qual conquistou o título da Premier League, para surpresa de todos, foi eleito africano nesse ano. O argelino deixou então a dupla Sadio Mané-Mohamed Salah reinar no campeonato inglês e no título de jogador africano do ano. Desde 2017, os dois jogadores do Liverpool monopolizam os debates: enquanto o egípcio já conquistou o título de jogador africano do ano duas vezes consecutivas, Sadio Mané é o atual campeão.
Não podemos barrar seu caminho em 2021
Em 2020, exige a Covid-19, nenhum jogador de futebol foi capaz de ganhar o título de jogador africano do ano. Mas em 2021, a hierarquia pode ser abalada, já que Mahrez salpicou a Inglaterra e a Europa com seu talento. O Citizen está de fato de volta ao mais alto nível, após uma primeira temporada mista em Manchester e uma segunda marcada pelo coronavírus. O argelino tem um recorde que fala por si: além do título de campeão da Premier League, agora tem um título africano com os Fennecs e pode, acima de tudo, alcançar um quádruplo histórico - FA Cup, Coupe de la Ligue, campeonato e Champions League - esta estação. Impossível barrar seu caminho em 2021: Riyad Mahrez só pode ser escolhido como o jogador africano do ano. Nem Mané, nem Salah, nem mesmo Idrissa Gueye, Édouard Mendy ou Pierre-Emerick Aubameyang podem ofuscá-lo.
Argélia, a escolha do coração
Ex-jogador do Quimper e do Le Havre, na França, o capitão dos Fennecs viveu uma ascensão meteórica nos últimos anos. Depois de uma temporada surpreendente no Leicester, ele deixou sua marca no mundo do futebol. Até se tornar o maior goleador da Argélia na Liga dos Campeões com - por enquanto - dez gols no contra-ataque. Mas Mahrez é também e acima de tudo o símbolo da Argélia. Embora pudesse muito bem ter entrado para a seleção francesa, o jogador fez "uma escolha natural" ao decidir usar a camisa da Argélia. “Por causa do meu apego ao país e em memória do meu pai, decidi optar pela Argélia”, garante o campeão. Trabalhador e sempre elegante, Mahrez é o orgulho de todo um povo. Nunca antes dele um argelino levou para casa o título de melhor jogador do ano*. Riyadh poderia fazer um golpe duplo ao ganhar o prêmio novamente por sua temporada excepcional. Um, dois, três, viva Argélia!
* Rabah Madjer e Lakhdar Belloumi ganharam a Bola de Ouro africana na década de 1980, competição organizada pela revista France Football e que não existe mais hoje.