Dois anos após a morte de Guy-Brice Parfait Kolélas, o partido fundado pelo adversário, o UDH-YUKI, procura o seu sucessor, tendo em vista as eleições presidenciais congolesas de 2026.
Durante a eleição presidencial congolesa de 2021, Guy-Brice Parfait Kolélas fez campanha pela União dos Democratas Humanistas-YUKI (UDH-YUKI). Triste ironia do destino: no dia 21 de março, enquanto os congoleses votavam, o adversário foi evacuado em avião médico para a França, após ser diagnosticado com Covid-19. Na mesma noite, ainda a bordo da aeronave, Guy-Brice Parfait Kolélas foi declarado morto.
Dois anos depois, a UDH-YUKI decidiu se reunir para se preparar para o futuro. No Congresso, o partido pretende, apesar da morte de Guy-Brice Parfait Kolélas, desempenhar um papel nas próximas eleições. Em 2021, a formação política havia registrado pontuação inferior a 8%, apesar das disputas sobre os resultados oficiais.
O jovem partido – fundado em 2017 por Guy-Brice Parfait Kolélas – sobreviverá sem seu líder? Os ativistas acreditam nisso. Eram quase 750 para participar do congresso UDH-Yuki. Pascal Ngouanou, primeiro vice-presidente, sentiu que devíamos “renovar o nosso partido, dar-nos novos dirigentes. Temos o dever de fazer crescer, consolidar e desenvolver este partido”.
A UDH-Yuki espera continuar sendo um partido de oposição que pesará nos debates, senão pesará eleitoralmente durante as eleições presidenciais. “Vamos fazer da UDH-Yuki não um negócio, mas um instrumento de luta ao serviço do povo congolês”, resumiu o seu vice-presidente.
E para isso, a UDH-Yuki conta com sua base eleitoral e seus eleitos locais: o partido conta atualmente com sete deputados nas bancadas da Assembleia Nacional e cerca de trinta eleitos locais e municipais. O que torna o UDH-Yuki o primeiro — o único? - partido da oposição.
Próximo passo para a UDH-Yuki: as eleições para o Senado. Mas já é a eleição presidencial de 2026 que está na cabeça de todos e abre o apetite. Mas com quem? Eis a questão, a formação deve agora encontrar o seu candidato natural. “Temos de eleger um presidente que deve levar o partido para onde o povo espera, para a presidência”, explica um activista à RFI.