Devido à insegurança na região de Tillabéri, quase 80 estudantes nigerianos viram suas escolas fechadas. Um fenômeno que o Estado do Níger não pode conter.
O ministro da Educação Nacional do Níger, Ibrahim Natatou, anunciou na semana passada que “921 estabelecimentos de ensino primário e secundário foram obrigados a fechar em maio passado devido à insegurança na região de Tillabéri”, no oeste do Níger. Esta área das Três Fronteiras é afetada pelo terrorismo. E as primeiras vítimas são, portanto, os jovens nigerianos, já que das 921 escolas, 891 são escolas primárias.
Uma falha do Estado: esses fechamentos afetariam cerca de 80 alunos, ou quase um em cada cinco. A região de Tillabéri é sem dúvida a mais afetada, embora as de Diffa, Maradi e Tahoua também estejam ameaçadas.
Se o Estado nigeriano garantir a implantação de escolas de acolhimento, centros de reagrupamento ou mesmo cantinas de emergência, é difícil trazer os jovens alunos para a escola de forma normal. O Sindicato Nacional de Professores do Níger teme abandonos maciços.
O grupo sindical também está preocupado com a segurança dos professores que ainda lecionam. Ele pede mais patrulhas militares e mais fundos, horários e horários.
Embora o fechamento de escolas seja uma consequência do terrorismo, elas também são conscientemente visadas por combatentes. No Mali, vários ataques terroristas ocorreram contra escolas, com os terroristas queimando cadernos e livros didáticos. Em Burkina Faso, às vezes ocorre o mesmo tipo de ataque.
Em 2017, o SOS Enfants da UNICEF afirmou que “a intensificação de ataques e ameaças de violência contra escolas, alunos e professores na região obrigou mais de 1,9 milhões de crianças a abandonar a escola”.
Na altura, prosseguiu a organização, nos países do Sahel central – Burkina Faso, Mali e Níger – o encerramento de escolas devido a ataques e ameaças de violência aumentou seis vezes em apenas dois anos.