Nigéria, Zâmbia, África do Sul e Marrocos estão todos comprometidos com a Copa do Mundo Feminina. Algum desses quatro países provavelmente terá uma boa corrida?
Teve início nesta quinta-feira a Copa do Mundo Feminina da FIFA, que acontece na Nova Zelândia e na Austrália. Se a Nova Zelândia abriu a bola, ao vencer a Noruega, seguida da Austrália, que também eliminou a adversária, o continente esperava que a Nigéria entrasse na briga. E contra o Canadá, os nigerianos não conseguiram criar o feito. A partida terminou com o placar de 0 a 0 com a expulsão, logo no final da partida, de Deborah Abiodun. Amanhã, a Zâmbia enfrentará o Japão. Depois será a vez da África do Sul e do Marrocos.
Uma dessas quatro equipes pode ir até o fim? “Embora as quatro seleções africanas classificadas não estejam entre as favoritas para erguer o troféu da Copa do Mundo, há uma boa chance de que uma delas consiga se classificar para a fase eliminatória. De qualquer forma, todos eles têm potencial para fazer as coisas acontecerem”, resume Wycliffe W. Njororai Simiyu, professor e pesquisador em ciências do esporte, em A Conversação.
Isso é ainda mais verdadeiro porque os grupos em que essas seleções caíram são, para dizer o mínimo, anotados. A Zâmbia, que tem alguns pontos fortes para mostrar, vai de fato jogar contra os campeões mundiais de 2011, japoneses, Costa Rica e Espanha. Os zambianos podem contar com Barbra Banda, sua principal atacante. O jogador multiplicou os gols nas últimas Olimpíadas e havia vencido a Alemanha, pouco antes da Copa do Mundo, em amistoso.
Marrocos também tem chance de brilhar. Finalistas da Taça das Nações Africanas de 2022, as Lionesses do Atlas terão no seu caminho a Alemanha, que já conquistou a prova por duas vezes. Também aqui o Marrocos pode contar com uma talentosa artilheira, Rosella Ayane, nascida no Reino Unido. Já a África do Sul, sem dúvida a seleção com mais chances de ir longe na competição, passou por algumas dificuldades em seu curso preparatório com problemas relacionados ao pagamento de bônus.
As seleções africanas terão, portanto, muito o que fazer. Mas um deles pode esperar se classificar, principalmente graças ao novo formato. Este ano, 32 nações estão competindo, em vez de 24 antes. “Existe uma forte esperança de que, com o novo formato expandido do torneio, um time africano possa estar à altura e causar surpresas suficientes para se classificar para as oitavas de final do torneio”, conclui Wycliffe W. Njororai Simiyu.