Por fim, o presidente russo Vladimir Putin, procurado pelo TPI, não viajará à África do Sul para a cúpula do BRICS. Algo para aliviar Cyril Ramaphosa.
Agora vamos ao verdadeiro assunto da cúpula do BRICS, que será dedicada ao tema: “BRICS e África: uma parceria para crescimento mutuamente acelerado, desenvolvimento sustentável e multilateralismo inclusivo”. Porque durante vários meses só falamos de outro assunto: a chegada ou não de Vladimir Poutin, alvo de um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional, e a obrigação ou não da África do Sul de entregar o presidente russo em caso de viagem para as terras do sul.
Por muito tempo, foi, portanto, uma questão de diplomacia e leis internacionais. Segundo o TPI, a África do Sul, signatária do Estatuto de Roma, teria de entregar o presidente russo se ele viesse a Pretória. A África do Sul contava com seus próprios regulamentos, que forneciam imunidade a Vladimir Putin. Para fugir a esta questão, Cyril Ramaphosa tinha decidido constituir uma comissão, enquanto esperava para se manifestar pessoalmente sobre este problema.
Mas, ao que parece, Putin não queria causar problemas em Pretória. O presidente Ramaphosa está realmente aliviado por não ter que decidir se entrega ou não o presidente russo. Porque, acaba de indicar a presidência sul-africana, Putin “não comparecerá à cúpula dos BRICS”, e isso foi decidido por “um acordo mútuo” entre Moscou e Pretória. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, representará Vladimir Putin.
O suficiente para reorientar o principal, portanto: fazer desta cúpula do BRICS um sucesso. Dispensada a questão da chegada de Putin, Ramaphosa pode agora concentrar-se na organização. Se houve uma questão de realizar a cúpula online ou transferi-la para um terceiro país, não signatário do Estatuto de Roma, ela finalmente acontecerá na África do Sul.